sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A PRIMAVERA da SOMAIÊ e Te&So

            22 de Setembro recomeçamos a Somaiê em São Paulo e Belo Horizonte. Ano de fermentação, parece que os dois últimos grupos da SOMAIÊ, um em Beagá e outro em Sampa, coincidiram em não terminar o processo da terapia. Pois propomos que os grupos passem por quatro estágios, Beagá em 2012 não terminou o 4º estágio (Fase D), e o grupo de Sampa não chegou a este 4º estágio. Crises propícias à renovação, e como uma Fênix, ressurgida das cinzas, nossa equipe de terapeutas refaz a técnica e proposta. Mudamos o subtítulo de UMA COISA VAGABUNDA, para PEDAGOGIA DO OBSERVAR. Isso foi em maio de 2013.
            Mas algo faltava, dos atuais 3 somaterapeutas (em maio éramos quatro) num consenso silencioso esperamos a chegada da PRIMAVERA pra reiniciar a técnica no Brasil. Coincidências a parte, o CONTEXTO falou mais alto. O Brasil precisava ACORDAR. Usando essa simbologia recente para as manifestações de JUNHO de 2013, em que FINALMENTE A INDIGNAÇÃO POPULAR CHEGA AS RUAS. Claramente com a força do movimento anarquista e alternativo, e com a bola inicial do Movimento Passe Livre de São Paulo. Sem dúvida com a força libertária da comunicação via internet. Mas principalmente uma indignação de todas as esferas: PRECISAMOS MUDAR.
            Assim como Roberto Freire adaptou a força histórica da ciência reichiana com a força política permanente do anarquismo e gerou o ANARQUISMO SOMÁTICO na década de 90 (do século/milênio passado); não podemos ficar parados no tempo e, 30 anos depois, ficar ainda fazendo SOMA, UMA TERAPIA ANARQUISTA. Tem mercado? Tem eficiência? Tem utilidade? Claro que sim... Não só porque meu ex-companheiro João da Mata continua a fazer essa papel histórico, como ainda hoje existem pessoas fazendo o que Reich foi experimentando em seu viver e MUDANDO (vegetoterapia, orgonoterapia, e depois, por seus discípulos bioenergética e etcs). Mas meu caminho se espelha ao do Freire, que morreu dizendo que era que nem bicicleta, que se parar, cai. Ou seja, é no movimento e mudança que tiramos a força pra continuar a mudar a técnica e adapta-la ao fluir da PONTA DA HISTÓRIA.
            Esse ano, a SOMAIÊ e Te&So conseguiram, pela primeira vez na nossa história, adquirir uma SEDE PRÓPRIA. Mas não podia ser uma sede comum, tinha de ser um espaço pra propiciar o CRESCIMENTO DE NOSSAS PESQUISAS, multiplicando nosso leque de áreas e FECHANDO O CICLO na pesquisa das 3 ecologias.
            Desde a década de 90, usávamos as referências das 3 Ecologias do filósofo francês Gatarri pra explicar nossa área de atuação. A SOMA ou SOMATERAPIA de Freire era explicitamente uma pesquisa em ECOLOGIA SUBJETIVA ou MENTAL. Com a pesquisa do Curso de Pedagogia Libertária iniciado no TESÃO, a Casa da Soma de São Paulo (1993-2000) a SOMA entrou na ECOLOGIA SOCIAL. (*). Mas nesse Fluir, foi com o Te&So em 2004 que realmente faço a SOMA/SOMAIÊ entrar radicalmente neste segundo nível da ecologia.
            Esse ano, com o SOLARIUM e PAPPavão (Preservação de Água Pura do Pavão) que entramos definitivamente na ECOLOGIA AMBIENTAL. Ou seja, se agrega a esse ano a novidade das pesquisas que geram a sobrevivência e manutenção do humano/espécie: a alimentação, a bioconstrução e permacultura. Assim, falar em TERAPIA já era pouco pra nossa pesquisa, na década de 90, precisávamos enveredar pra PEDAGOGIA.  Mas essa prisão reducionsita dos rótulos me fez chamar por bons anos nosso trabalho como COISA VAGABUNDA, uma radicalidade na beira do anti-marketing.
            Enfim, nossa Primavera da SOMAIÊ é assumir a importância das neurociências a questionar e reafirmar a poesia como definitivo pra romper com a ORIGINALIDADE ÚNICA do Freire e da SOMA e radicalizar ainda mais na pesquisa das POTENCIALIDADES MÚLTIPLAS advindas do choque que criei ao misturar Roberto Freire com Humberto Maturana (da Biologia do Conhecer). Mas agora TEMOS TERRA, FLORESTA e NASCENTE, ou seja, água limpa. Que potencializará nossa BASE DA CAPOEIRA ANGOLA, com AS ASAS DA AYAHUASCA. Ou voltando a terminologias mais clássicas, FINALMENTE CRIAMOS RAÍZES PRA PODER VOAR (pedagogia libertária).
            Enfim, esse MANIFESTO de SETEMBRO de 2013, tem uma NOVA FORMA PRA POTENCIALIZAR NOSSO ATUAL CONTEXTO. NASCE esse mês o TV SOMA (uma evolução das pesquisas em Conversa-Ações) (**).
            Mas este final do Manifesto tem que acontecer na inauguração do TV.SOMA:






Rui Takeguma, 09.09.2013, Vale do Pavão – Visconde de Mauá  (vídeo 0 gravado em 13.09.13 e vídeo 1 gravado em 15.09.13)

(*) Nosso Coletivo Anarquista Brancaleone, do qual fui fundador, já estava atuando nesse ambiente, porém era voltado pra equipe de terapeutas e não para os clientes, participantes dos grupos. No frutífero Curso que gerou mais um dos livros de Freire e agregou centenas de pessoas por quase uma década de pesquisas, com renomados palestrantes, foi também meu “bode expiatório” pra me separar do Freire, pois não aceitei seu recuo na pesquisa e investimento dos outros terapeutas no meio acadêmico, desistindo da radicalidade e independência (insegurança) da Pedagogia não acadêmica e não institucionalizada. Assim, me afasto do Brancaleone em 2000 e do Freire em 2002.



(**) Devido às minhas críticas ao grande projeto da ESTRADA-PARQUE DE CAPELINHA-VISCONDE DE MAUÁ, fui ameaçado de morte por documentar em BLOGs e no JORNAL TESÃO as contradições entre o projeto e o que foi construído (na primeira fase da RJ-163, este ano estão ainda completando o trecho da RJ-151). Quase fui linchado numa manifestação popular de poucas pessoas (60 pessoas, grande parte manipulada por falsas informações de associações trambiqueiras que fazem a Governança local), e vieram CALÚNIAS e DIFAMAÇÕES anônimas em cartazes distribuídos em toda a região. Enfim, isso gerou o TV MAROMBA (vejam detalhes nesse DVD que criei pra documentar em vídeo as falcatruas dessa farsa e que distribuí mais de 100 unidades, pras pessoas assistirem na TV em casa =  TV MAROMBA#0) e que após um ano, modifico em TV.Mauá e TV.SOMA.

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